Operação Pretoriano. Fernando Madureira continua detido e Hugo Carneiro sai em liberdade

por RTP
José Coelho - Lusa

O Tribunal da Relação do Porto decidiu, esta quarta-feira, aceitar o recurso do arguido Hugo Alexandre de Sousa Carneiro, que sai agora em liberdade. Por outro lado, Fernando Madureira e a mulher, Sandra Madureira, continuam em prisão preventiva.

Em comunicado a que a RTP teve acesso, o Tribunal da Relação do Porto anuncia que os juízes signatários decidiram, por unanimidade, negar provimento aos recursos dos arguidos Fernando Madureira e da sua mulher, Sandra Madureira.

Em sentido contrário, a Relação do Porto aceitou parcialmente o recurso apresentada pela defesa de Hugo Carneiro e revogou a prisão preventiva aplicada. Ainda assim, Hugo Carneiro, conhecido como “Polaco”, fica sujeito a termo de identidade e residência já prestado, é obrigado a apresentar-se no órgão de polícia criminal da área da sua residência três vezes por semana, bem como nos dias e horas em que decorra jogo, nacional e/ou internacional, que envolva a equipa principal de futebol profissional do FC Porto.

Hugo Carneiro continua também impedido de contactar outros elementos dos Super Dragões e de frequentar a sede da claque do FC Porto. O tribunal também ordenou a” interdição de acesso e permanência em recinto desportivo onde se realizem espetáculos desportivos de qualquer modalidade e/ou escalão e/ou quaisquer acontecimentos relacionados com o desporto, do Futebol Clube do Porto”.

A decisão no âmbito da operação Pretoriano resulta de um recurso dos advogados de defesa contra a decisão do Juízo de Instrução Criminal do Porto. Fernando Madureira e Hugo Carneiro estão presos desde 7 de fevereiro.

Em causa está a operação que investiga os incidentes ocorridos numa Assembleia Geral extraordinária do Futebol Clube do Porto.

Recorde-se que a 31 de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito desta operação.

De acordo com documentos judiciais, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.

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